Fim de tarde. Frio.
Sentei-me a comer bolachas molhadas em leite quente.
Devolvo o conforto que há muito recebi e ouço o som das bolachas partir nos teus dentes de leite.
Estás Feliz!.
As lágrimas, evito.
Para que não saibas que quando cresceres comerás bolachas, Triste.
Sinto a tua falta.
Falta de ser eu naquela cadeira, para que me ouças mordê-las.
Para que me consoles Infinitamente...
Só tu me consolaste infinitamente,
quando me davas água fresquinha ou trazias botijas de agua quente no Inverno humido.
Auguinha Filha! Queres Auguinha?
E eu queria. E já de te olhar me sentia fresca.
Já não posso comer bananas compradas a vendedoras de rua a caminho do autocarro.
Ou castanhas, a estalar quentes nas tuas mãos grossas.
Tudo o que revivo me dilacera porque já não te tenho.
Parece que te espero como se pudesses ainda salvar-me
Sempre me salvaste não é?
AML
tens muito potencial! devias dedicar-te à escrita, sabias? queres fazer um projecto a meias? falas da mãe da tua mãe?
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ReplyDeleteObrigada. Sim claro que quero. Falo DELA, mas como é difícil falar ESCREVO DELA.
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