Hoje acordei com um
pesadelo de Amor; há muito tempo que não tiha um pesadelo de amor às tantas da
madrugda.
Abri ao acaso o manual de instruções 2011, a minha agenda, e
lá estava o dia dos namorados (ao qual nunca liguei nem ligo) a receber por
escrito parte do pesadelo.
Quero ler-to.
Parti porque já não suportava vê-la ter-te e a
ajuda que querias em silêncio, não sabia dar;
Limpa essas veias onde
corre agora sangue morto
Esventra-me os prefumes
que exalei quando era tua.
Acorda!
Acorda!
Não vês que ainda há
tempo.
Matei o fruto doce que me
deste por saber que Só, o comeria
Quando partisses com quem
te enche o corpo de metiras
A vida que te quer está
aqui
Precisa-te e tu não vens
Acorda!
Acorda!
Devolve-me o que me deves
O produto do meu esforço
Quero tê-lo, entendes?
Ainda é tempo
Acorda!
Parti porque já não
suportava vê-la ter-te e a ajuda suplicada em
silencio, tornei-a inaudível;
Deixei de suportar
ouvir-te:
“Amo-te”
Com som de madrugada
alcoolicamente aromatizada
Naquele tom de quem sabe que um amor destes será
cumprido e que estarei sempre,
Sempre.
Claro que sei que amar-me
não chega.
O Amor não morre
Por isso Acorda.
Envolve-me nos teus
braços carregados de ternura
Com as mãos que me tiveram
os medos e lhes deram Feminilidade.
As mãos, que deram o que
a boca não disse.
Com elas fizemos um
filho,
Com elas fizeste-me tua
Com elas me deixaste só.
Por elas morri
Por elas sinto
Por elas espero
Acorda!
A vida está qui
- Não morras, suplico-te de novo sem que
saibas; Não morras
Serei a única a ficar da
história desse trágico momento de vida que abandonámos?
Ficou só. Mas exite. E eu
existo.
Por isso acorda
Sem medo.
Acorda.
Deste-me a mulher
E a confiança para sê-la
E eu?!
Nada.
Não chegou dar-te Corpo,
Alma e Coragem.
Não chegou dar-te as
noites e olhar por ti a todas as horas
E por isso há dor e
tristeza coladas ao amor.
Que os sentimentos nunca
morrem!
Apetece-me sussurrar sem
que alguém ouça
O que outrora gritei dos
pulmões:
Acorda.
Não vez que te mente
no corpo.
Que te diz que não podes,
qua nada há para alem dela,
Que não És. Longe dela
Não vez que já foste.
Comigo?!
Quando fizemos “amor com
A grande”
Lembras-te?
Como o disseste enquanto
eu o sentia!
Enquanto durante algum
tempo a mantinhas apartada.
Um dia, destruiu-nos o
sexo com a força das amantes e chegou-nos ao amor,
Que se liquidefez e evaporou.
“nada se prede, tudo se
transforma”....
E foi agua e tempestade
Trovão e luz em fúria
E foi depois,
Nuvem
e longe
e íntimo pesadelo
esporádico.
Acorda-te e devolve-te.
Ela roubou-te e deu-me
esta insónia inspiradora que estimo chamar Pesadelo de Amor.
Só me apetece é dormir e
revesitar este campo de batalha, a que não vinha há anos e onde passei anos,
numa outra ocasião. Estou cansada e amanhã, a minha doce, harmoniosa e tranquila realidade
espera-me; E eu tambem a espero.
Acorda!
Madrugada de 10/02/2011
CML Era este que te falei. AML
ainda a digerir
ReplyDeletepor estes dias, deixei de pintar os olhos, porque sempre que por aqui passo, borro a maquilhagem. ando sensivel, pois! (cml)