Thursday, January 26, 2012

Hipotese um

é como se chama um documento que encontrei no meu portátil com data de 2010.
estranhamente ele começa assim:


Argumento dois -12 março 2010, 2h07

"Agora sim, as minhas ideias estão definidas. Quando não sabemos o que queremos, sabemos o que não queremos. E isto, que se está a passar é exactamente o que não quero. Ainda bem que assim o é. Considero esta a derradeira oportunidade para ser feliz como quero. Como sempre idealizei. Sozinha ou acompanhada. Mas feliz. Com paz interior. Sinto-me leve. Talvez por causa da xixa ou do vinho que muito prazer me deu beber no chapitô. Gostei muito. A conversa foi fluida, nem sempre para os campos do meu interesse, mas foi fluida. Nada que me preocupasse muito, nem me deixasse nas ruas da amargura. Conversas banais, são o que são. Acho mesmo que viajei no tempo, enquanto as bocas à minha volta abriam e fechavam. É giro de se ver, mas nunca perdendo o tino à conversa, não vá ser embraçoso depois quando nos pedem a opinião, ou quando fazemos uma cara de quem está a perceber e a acompanhar perfeitamente e inteiramente  a conversa e depois, ao fim e ao cabo, não estamos nem aí para aquele discurso já ultrapassado e retrogago.

Enfim, isto tudo para dizer que estou com sono. Com falta de vivências primaveris, que não tardam  a chegar. Eu tentei ter experiências no Inverno. No mês em que supostamente me deveria ser mais confortável. Mas está-se-me a abater um sono terrivel."

de hipotese um passo para argumento dois?!?! devo ter apagado o argumento um, talvez, mas achei curioso como passados quase dois anos, sinto exactamente o mesmo e se hoje fizesse o mesmo exercício de escrita, talvez mudasse uma ou duas frases. o resto mantinha tal e qual.
o que quererá dizer? que me faltam experiências? que preciso de conhecer novas pessoas? 

parece-me que está a chegar a hora! a hora de eu dar um salto!

CML

1 comment:

  1. POSSO BITATAR?

    O que me tem parecido, não em relação a ti mas à generalidade das pessoas é que, mesmo estando em modo "Fuga" daquilo que já não se quer. se procura exactamente a mesma coisa. As escolhas vão de encontro ao que sentimos gostar/querer/precisar. Continuamos a acreditar que o que nos apetece é o que nos faz feliz e às vezes é; às vezes n é. Mas a nossa cultura parece que nos ensina assim. Se por acaso se arrisca a mudar de padrão obtém-se resultados bem diferentes. melhores?. Bem é ir tentando.

    Por isso diria:
    Faltam experiências ou outras experiências?
    Apenas novas pessoas ou diferentes pessoas?

    Tb não sei, pois é certo que não sei o que quero apenas o que me apetece. e eu já fugi do que me apetece e resultou parcialmente.

    Parlapiê.

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